terça-feira, 2 de junho de 2009

Um modo de ver deturpado


IDENTIDADE DE GÊNERO

A a vice-presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays Bissexuais e Transexuais (ALGBT), Liliane Anderson, rompe o silêncio da entrevista, ocorrida em 13 de abril e responde a pergunta de um dos presentes com outra: "Como é que vocês vêem a questão dos travestis?"

Sem pensar duas vezes, a equipe do Jornal da Rua entrou em cena. O resultado desse debate rico em ideias você confere abaixo:

JR (Ricardo):
a gente não vê o travesti no nosso meio de convívio. Eu não vejo no bar, na sala de aula, me atendendo no banco ou no consultório. Eu vejo no sinal, ou fico sabendo de pontos em BH que tem prostituição de travesti. No Brasil, a travesti está colocada de lado ainda, vivendo à margem. Por isso digo que não vejo.

JR (Adélia): eu acho que a prostituição acaba sendo um meio de sobrevivência. Diante da recusa de emprego num consultório, dá má aceitação nas escolas, ela precisa pagar a conta no final do mês e essa acaba sendo a saída. Travesti no Brasil ou é cabeleireira ou é prostituta.

JR (Cristina): outro lado da invisibilidade é você ver de modo deturpado. Muitas vezes vemos na mídia um travesti de maneira muito caricatural. Por isso, a imagem que as pessoas têm está ligada a essa caricatura ou elas simplesmente não vêem.

JR (Adélia): Pode ser que chegue o ponto em que eles ganhem um espaço na TV, assim como os gays e lésbicas, hoje, aparecem de maneira normal, sem caricaturas, na novela das oito, na Rede Globo. As travestis também podem, um dia, ganhar tal aceitação.

Lili: Mais ou menos, né! Quando colocaram um casal de lésbicas na novela “Torre de Babel”, a primeira coisa que fizeram foram explodí-las no shopping. Nós sempre vemos um preconceito enraizado, como pano de fundo. Se analisarmos, essas inclusões não são de forma construtiva, tem um forte lado negativo. E a gente massacra nos fóruns, nas conferências, mandamos e-mails pro Ministério da Cultura pra ver se mudam isso.

>>> Confira o texto principal

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