sábado, 23 de maio de 2009

Uma questão de orientação


IDENTIDADE DE GÊNERO

Por Joana Nascimento


Transexualidade é a condição considerada pela OMS – Organização Mundial de Saúde - como um tipo de transtorno de identidade de gênero. Refere-se à condição do indivíduo que possui uma identidade de gênero diferente da designada no nascimento, tendo o desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto.

Usualmente os homens e as mulheres transexuais apresentam uma sensação de desconforto ou impropriedade de seu próprio sexo anatômico e desejam fazer uma transição de seu sexo de nascimento para o sexo oposto (sexo-alvo), com alguma ajuda médica, tal como terapia de reatribuição de gênero.

A explicação estereotipada é de "uma mulher presa em um corpo masculino" ou vice-versa, ainda que muitos membros da comunidade transexual, assim como pessoas de fora da comunidade, rejeitem esta formulação. O gênero dos termos usados para descrever pessoas transexuais sempre se refere ao gênero-alvo. Por exemplo, um homem transexual é alguém que foi identificado como fêmea no nascimento em virtude de seus genitais, mas identifica-se como um homem que está em transição para um papel social de gênero masculino e um corpo reatribuído como masculino.

Curiosidade na história

Nero após chutar um de suas esposas que estava grávida, Poppaea Sabina (veja seu busto, ao lado - Álbum do Picasa), até a morte, arrependeu-se e, tomado de remorsos, buscou alguém parecido com ela. Encontrou em um escravo, Sporus, essa semelhança. Nero então ordenou a seus cirurgiões que o transformassem em mulher. Após a cirurgia os dois se casaram formalmente – inclusive com direito a véu de noiva e enxoval – e Sporus viveu como mulher a partir de então.

Transgênero

Os transgêneros vêem a si mesmos como pertencendo a um papel de gênero diferente do que lhes foi designado no nascimento.

As crianças transgêneres não se sentem atraídas pelo mesmo sexo, nem sabem o que é atração. O que querem mesmo é pertencer ao sexo oposto.

No Brasil

Para muitos estrangeiros, as imagens variadas dos homossexuais brasileiros, extrovertidos e licenciosos, que expressam a sensualidade, a sexualidade ou a atitude liberal durante o carnaval, acabaram sendo confundidas com uma suposta tolerância da homossexualidade e da bissexualidade no Brasil. A permissividade aberta do carnaval, assim diz o esteriótipo, simboliza um regime sexual e social que aceita a ambigüidade sexual sem restrições. Contribui para isso o fato de que no país não existem leis anti-homossexuais na Constituição nem no Código Penal.

Travestilidade

No sentido fisiológico o travesti é um homem, mas se relaciona com o mundo como se fosse uma mulher: seu corpo é moldado com formas femininas, socialmente exerce o papel da mulher, mas na intimidade usa às vezes seu pênis em suas relações sexuais.

A principal característica que permeia esse universo é abrigar num corpo masculino o espírito e a mente femininos. Travestis podem viver sua sexualidade incorporando em um mesmo corpo físico e mental, o masculino e o feminino, forma dúbia que pode estar expressa na sua própria aparência.

Há um segmento de pessoas que consideram que o sufixo “ismo”, nesse contexto, significa disfunção ou desvio, o que aumenta a dificuldade de ser travesti. Por não considerar essa patologia imposta, as travestis preferem o termo travestilidade como forma de suprimir o peso implícito de doença, vinculado à expressão travestismo, assim como a supressão do termo homossexualismo em benefício do termo homossexualidade, uma vez que o homossexualismo já não é mais classificado como doença pela OMS.

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"Esgota-se o texto, mas não a informação, que é perene como um rio após a cheia" (Anônimo)

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